Os pássaros cantam, limitados dentro de suas pequenas gaiolas.
Ela entrou na cafeteria. Logo pela manha, seu unico pensando era apenas ele.
Sentou e sua mesa de costume, ela sempre estava vazia (o que ela sempre agradecia intimamente).
O seu pedido chegou rápido, mas ela nem ao menos sabia por que havia pedido um café quente, se nao conseguia digerir nada nos ultimos dias. Olhou aquelas bolhas quentes e a fumaça se misturando com a pequena brisa do ar-condicionado. Seu olhar era caleidoscopio.
Esquadrinhando a cafeteria, a procura de alguém (em vão),mirou as poltronas a frente uma da outra, e o via: rindo com os amigos e compondo suas músicas que tanto a agradavam. Ela ficou nostalgica; lembrou de todos os dias que passaram juntos: das risadas, de suas tentativas frustadas de tocar o violão dele, do dia no parque (ah! o dia no parque), de seus beijos, seguidos dos mais belos sorrisos que ela já havia visto, das filmagens acidentais (não tão acidentais) que ele fazia dela, correndo e olhando para ele, dos dias deitados na grama conversando sobre leviandades, etc.
Agora, mexia o café sem necessidade, pois nem o adoçante ela havia posto, estava perdida em lembraças felizes, que se tornavam tão apertadas e tristes quando se lembrava que... ela apenas podia lembrar.
Com um impulso levado por sua mente cheia de lembraças, ela foi até as poltronas onde conseguia o avistar. Ela ficou parada ali a frente, encarando-o rir com seus amigos... e mais lembranças viam: dias que chegava e eles bricaram com ela, filmando seus beijos e graças...
Ficou simplesmente ali, fitando-os rir e nem notar sua presença. Com um suspiro tristonnho, jogou sua bolça ao ombro e deu meia volta; não havia ninguem lá, era apenas fruto real de sua imaginação! Sua vontade de ve-lo dissipou a realidade de seus olhos e por uns instantes, e pode encherga-lo em sua totalidade e beleza.
Caminhando devegar até a porta, deixando seu café as brisas. Saiu, fechando a porta com cuidado e, arrumando a bolsa, seguiu as muitas pessoas que caminhavam felizes, desconhecendo os problemas e angustias.
Os passaros cantavam, limitandos dentro de suas pequenas e enferrujadas gaiolas.
Dedicação a Musica BLAME de TIAGO IORC.
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