quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Unfinished Business

De dentro para a fora as coisas se consomem
Tem acontecido com certa freqüência
Sinto que as coisas estão explodindo dentro de mim
Mas não posso deixa-las sair,
Seria um erro que teria de levar para a vida inteira

Não vou ouvir as vozes dentro de mim
Elas me fariam corromper coisas que estão certas
E eu não sei lidar com arrependimentos
É um das coisas que eu nunca aprendi

Eu nunca aprendi também a aceitar
Aceitar que as coisas acontecem
Aceitar que temos que deixar as coisas acontecerem
Aceitar que as coisas que mais amamos, são tiradas de nós muito cedo
Porque tudo há um preço
Será que devo pagar com sangue o meu?

Eu sabia que não viveria sozinha
Nunca consegui ter apenas um prato na mesa
Aproveitar a vida solitária é sobreviver
E não viver

Todos precisam de uma existência para sentir que vale a pena de alguma forma
Todos os mortais querem sentir o amor
É o sentimento mais puro que o Criador nos permitiu ter
Ele mesmo o tem em abundancia
E todos nascemos para ter alguém ao nosso lado
Por isso, sem o outro prato na mesa
É possível não haver mais nenhum logo menos

Precisamos de alguém, nunca se vive sozinho
Não se alcança a perfeição sozinho
Não se evolui sozinho
Não posso continuar sozinha

Eu, um pote de barro, mas preenchida por dentro,
Por algo que me tiraram
Sim, me forçaram a derramar
Chorar pelo que era meu, que está derramado agora

Pegue-me pela mão, me diga que vale a pena ainda
Diga-me que me fará evoluir
Diga-me que eu não precisarei esquecer
Diga-me que eu seu cabelo vai crescer ao meu lado
Mesmo que adore garotos de cabelos raspados
Diga-me que vai me amar para sempre

Eu perdi minha alma gêmea
Não se vive com a metade do coração
Nem com a metade do estômago
Imagine quanto se perde com isso
O outro lado morre
E meu coração está parando
E eu finalmente abri meus olhos para ver
Que é o meu lado do coração que está estragando
E morrendo.

-by Elize Blackmore

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