sábado, 17 de setembro de 2011

I surrender...

Simpatia, risos sem motivo... alguma coisa estava mesmo errada. Ela não se sentia feliz, então porque estava ‘atuando’ tudo aquilo? Ela começou a se ouvir e não entendeu porque aquele humor positivo... ela não se sentia feliz, e nem mesmo positiva... quem é você?
O que o mundo tinha feito? Ou melhor, vamos ser menos abrangentes, o que seus conhecidos, família e amigos, tinham feito? O que eles NÃO tinham feito?
Era difícil achar a felicidade nas coisas, e a força que era necessário para se manter em pé, tendo que se levantar com seu próprios braços, sem a ajuda de nenhuma mao se quer. Como gastava energia ser forte, como era difícil sorrir tendo que ser grata pelas simples coisas da vida, que tinha prazo de validade, mas ela tinha que estender a garantia, porque não havia produto novo.
Entende o que ela sentia? Sim, é uma coisa imatura, sem motivos, e realmente aumentadamente triste, mas apenas porque ela queria gritar para o mundo, ficar como um inseto dentro de seu toca, sem falar, se comunicar... era realmente motivo para ser ignorada? E sentir que não deveria ter tal atitude? Essa era a parte mais difícil e que exigia mais força, ela sabia que deveria ser grata, e lutar contra isso era a batalha interna mais difícil que ela sempre teve que travar... não sentir, era isso que mais doía! Ela não se dava o direito de sentir aquilo, bloqueava e se forçava para se moldar, porque, pensava ela, se conseguisse fazer isso quando os sentimentos viessem com toda a força, seria muito fácil doma-los quando eles simplesmente decidissem aparecer.
Um pássaro passou pela cortina fechada, mostrando somente sua silhueta de belas asas, e isso a fez perceber que era realmente errado ela esta com raiva e querendo descontar isso nas pessoas próximas, mas não era errado ‘não estar afim’, simplesmente sem animação para as coisas, ela não queria ficar vegetando, queria fazer coisas, mas sozinha, como assistir seus filmes infantis preferidos, ficar na cama com seu computador, vendo coisas idiotas de seu interesse, e somente esquecer por alguns segundos que tudo que ela faz agora refletira nela para sempre. Essa era a responsabilidade que ela sempre cobrava dela mesmo, não deixar, ‘nem mesmo uma vez’ que uma escolha errada tomasse conta dela, e que batalha difícil!

“Eu só queria dizer não” pensou ela, tentando encostar sua cabeça no sofá e dormir. “Só queria saber que eu posso dormir sem que minha consciência me irrite durante e depois, sem me arrepender por tomar a decisão menos certa.” A decisão menos certa... menos certa...menos... certa. Então ela se levantou e foi fazer o que sua consciência queria, porque no final, era sempre a vontade dela que ela se rendia.

by Elize Blackmore

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