Ela leu seu caderno, escrito a apenas uma semana atrás. Se perguntou como todo aquele sentimento de gratidão e alegria poderia ter se dissolvido e desaparecido em apenas 1 semana? 7 dias? 168 horas? Ele se perdeu entre os cobertores das noites mal dormidas.
Aquela semana havia sido um verdadeiro inferno, ela podia jurar que o fogo das trevas doiam menos do que o que ela estava aguentando, principalmente o dia que antecedeu seu amargo hoje: Teve que ficar ouvindo coisas sem sentido e indesejada aproximação, para ter que chorar depois. "Essa semana foi um verdadeiro inferno", ela confirmava repetidas vezes para aquele papel inutil.
Era muito pedir para ser ouvida sem julgamento? era demais para as pessoas ao redor entenderem que ela havia se cansado de ouvir e dar os bons conselhos, sem receber nenhum? Ela continuava tentando achar sua proprias regras e se aconselhar, mas no estado que estava, nem sua mente, seu mais preciso cofre blindado, poderia ajudar; ela não conseguia tirar nada dele também.
Por que ela era a unica que precisava ter paciencia? Ela era a MERDA do exemplo sempre? Quem havia decretado isso? Seu inconciente? Até ele, ela queria mandar pro Abismo do Inferno.
Um cigarro! Mesmo que não fumace e odiasse os que o faziam, ela adoraria poder ter a sensação de ver seus problemas virarem nicotina esfumaçada no ar.
Ela queria ir a um lugar: um lugar onde não houvesse "ele", apenas "eu"! Onde o verde nao fosse tão irritante e apenas as notas musicais fizessem parte da decoração, onde ela não precisasse mentir para fazer o que não queria, onde ela não precisasse ouvir e falar com ninguem, onde ela nao precisasse enchergar amigos com raiva ou pessoas debilmente tentando ajudar.
Era incrivel como a vida pregava peças tão bem arquitetadas nela; Quando ela achava que a Luz por detras da porta estava se abrindo, ela se fechava logo, sobrando apenas um espaço vazio e interminavel.
Culparia alguém, se tivesse pelo menos alguém proximo o suficiente para fazer-lo. Quem a deixava nesse estado tão catastrofico, era sua propria mente! E como poderia se livrar de algo que a fazia se mover todos os dias? Ela culpou o Céu e a Terra, os Animais e Plantas, os Seres Humanos e as Maquinas, e culpou o seus proprios aliados: a caneta e o papel.
Precisava descrever como foi seu dia? Naquele miseravel final de semana prester a começar? (o relogio parecendo se apressar para o final dos 5 min. restantes). O embrulho no estomago foi seu acompanhante, pareceu acordar junto com ela aquela manhã nublada. Seus olhos escuros, ficaram fixados naquela tela fina de urânio o dia inteiro, só se voltaram para outro lugar, quando teve de olhar seu porta canetas em pedaços (obra de sua irmã).
"Não vou relembrar" disse/escreveu ela. Estava cansada demais pra continuar, e triste demais pra lembrar.
Olhou o relogio, e a pequena maquina, mostrando seus ansiosos n° verdes, pareceu satisfeita por dar inicio ao final de semana! A única coisa que ela estava ansiosa, era se jogar em sua cama e dar adeus a um dia, para começar a droga de um outro.
"Boa noite" escreveu por fim, largando a caneta, e se jogando na cama, os fones ainda em sua orelha, sendo agora, seu ninar.
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