Ela se sentia terrivel aqueles dias. Queria muito e desesperadamente uma esperança em algo, algo que ela pudesse se apoiar com força, alguém para tampar os furinhos ou para ajudar a segurar seu vidro também.
Tentava não ouvir as vozes dentro de sua cabeça, mas era tão dificil não ouvir algo que parecia tão real para ela. O sentimento de abandono que estava sentindo, parecia a engolir por partes, pequenos e dolorosos pedaços.
Alguém a ajudaria a resolver isso? As palavras que ouvi de seus amigos ecoavam em sua mente, não fazendo muito sentido e se perdiam. As palavras de apoio que havia recebi não foram em vão, mas ela precisa de algo a mais, algo concreto, não apenas conselhos carinhos e apáticos.
Em sua casa era um caos. Todos se preocupavam, mas não sabiam o que dizer, e a preocupação exagerada, acabava a sufocando e isso era... irritante.
Sabe a vontade de gritar quando se reprimi as coisas? A vontade de gritar quando tudo parece irritantemente silencioso? "Sempre a uma luz no fim do túnel", era a frase cliche bem vista e muito dita por todos, mas as vezes, é tão longe e longo lá dentro, que não parece ter fim.
Vamos ser sinceros, nunca passaram por algo assim? Sintam-se avontade para encontrarem qualquer semelhança que seja com sua vida.
Ela respirava, e sentia que morria a casa puxada de O2 que dava. Quando foi que começou a ser um saco viver? Os dias passavam por seus olhos, mas mais pareciam anos, pois cada 'tic-tac' do relogia, parecia demorar demais para um minuto apenas.
Cadê sua existencia insubstituivel? Cadê a pessoa que lhe daria sorrisos e o amanhecer como presente? CadÊ aquele que a faria se amar todos os dias? Em busca de algo concreto e seguro, todos se apaixonam e é desesperados quando não tem isso.
Eles tentam vomitar palavras de apoio e tentam faze-la enteder tudo, mas o sentido de todas as palavras era quase sempre o mesmo, soa como: "Desculpe se seu mundo esta desabando, sinto muito".
A falta de luz também cega, sabiam?
Ela tinha que se superar sempre, pra aguentar a si própria. Ela não podia simplesmente seguir em frente, não era tão simples assim, não era apenas seguir o destino, não era apenas sorrir e fingir que a vida era cor-de-rosa, o vendaval sempre vem com força suficiente para te fazer relembrar que não é.
"Não sou forte, nunca fui! Sou vulnerável a sentimentos faltando" pensou ela vazia, tentando desligar seu cerebro por alguns segundos, só para não ter que ouvir a voizinha da responsabilidade lhe dizendo que os livros eram mais importantes agora.
Já perdemos experiencias, risadas, novas amizades, apenas pelo fato de algumas vezes não estarmos com vontade de nada, pois nada lhe parece agradavel.
Talvez eu só posso escrever sobre isso, porque a solução nunca é fácil e só nós podemos encontrar a resposta, porque no final, estamos realmente sozinhos. A menos por aqueles olhos de estrelas que nos olham lá em cima, mas nem sempre parece realmente nos enchergar.
Limpe as lágrimas na manga da blusa, e continue tentando, ela decidiu fazer isso, mas não garanto que dará certo, porque alguns problemas resolvemos apenas com band-aid.
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